Sunday, 21 February 2010

"...no fim o coração estava tão fraquinho, tão fraquinho que em vez de bater apanhava..."

"...sempre me concedi cinco minutos de avanço, é certo que nunca me valeram de muito, nunca cheguei a horas ao futuro, ligeiros atrasos, desencontros, motivos comezinhos de que já não me recordo..."

"...as palavras deixam de nos doer se as dissermos muitas vezes, a própria dor deixa de o ser à medida que permanece em nós, à medida que se demora em nós..."

"...o passado aceita qualquer coisa para nos manter presos, a memória é a pior tortura que um ser pode conhecer..."

"...as lágrimas quando secam deixam um pó salgado que corrói tudo..."

"...a importância que um acto ganha por ser o último, é o última vez que subo estas escadas, o último dia desta vida, já não existo como me conheci, no primeiro dia da minha vida ainda não existia como me conheci, chega a ser irónico como nos fogem o primeiro e último dia das nossas vidas..."

"...conheço o amor de ouvir falar..."

"...as pessoas arrajam sempre maneira de se destinguirem, uma vontade de serem únicas que só as prejudica..."

"...a vida é um jogo simples com um objectivo simples, saltar de ano em ano sem pisar o risco..."

"...não há nada que o silêncio não mate..."

"...os corpos falam sempre muito, são indiscretos por natureza..."

"...o sorriso é o que de mais barato podemos oferecer aos outros..."

"...a vida é uma hipótese sem tese..."

"...as pessoas são como o porco-espinho, quando se aproximam acabam sempre por se ferirem, não conseguem evitar, não fazem por mal só que não conseguem fazer de outra maneira..."

"...para ficar é que precisava de coragem, para partir basta o desejo, ou a necessidade consoante queiras pensar..."


"os meus sentimentos", Dulce Maria Cardoso.

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