Questiono-me se é preciso falar.
Certos momentos, espera-se que se fale, que se diga tudo e mais alguma coisa.Mas, é então que surgem as estúpidas paralisações.Ficamos sem...As personagens principais entram em cena - os olhos. São ditas expressões, frases sem pontuação, sem principio nem fim. Surge o majestoso silêncio. Diz-se e não se diz. Um silêncio ensurdecedor que invade as palavras não ditas.
Termina.Vai-se.Adeus, até um dia,até logo.
Depois, sente-se a falta desse silêncio, que disse tudo.
Às vezes, elas não são precisas. Só atrapalham. É, sim, preciso ter coragem de as dizer no momento (quais as nossas vontades,quais os nossos pensamentos, quais os nossos sentimentos,...). O melhor, é não dizer. É fazer.
Certos momentos, espera-se que se fale, que se diga tudo e mais alguma coisa.Mas, é então que surgem as estúpidas paralisações.Ficamos sem...As personagens principais entram em cena - os olhos. São ditas expressões, frases sem pontuação, sem principio nem fim. Surge o majestoso silêncio. Diz-se e não se diz. Um silêncio ensurdecedor que invade as palavras não ditas.
Termina.Vai-se.Adeus, até um dia,até logo.
Depois, sente-se a falta desse silêncio, que disse tudo.
Às vezes, elas não são precisas. Só atrapalham. É, sim, preciso ter coragem de as dizer no momento (quais as nossas vontades,quais os nossos pensamentos, quais os nossos sentimentos,...). O melhor, é não dizer. É fazer.
Não digas nada!
Não, nem a verdade!
Há tanta suavidade
Em nada se dizer
E tudo se entender –
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada!
Deixa esquecer.
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda esta viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz...
Não digas nada.
Fernando Pessoa
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