Tuesday, 6 January 2009

Eu tenho o meu par de sapatos...

É quando se chega a casa e muda-se de roupa. Como quem muda de pele, de capa. Encontra-se uma nova realidade...a mesma. A nossa, a de cada um.
É como um voltar a ser...nós. Muito por imposição da sociedade ou da realidade social, às vezes, talvez muitas vezes, não o somos. Deixamo-nos aquecer pelo casaco do outro.
Por vezes temos vontade de não mudar de roupa. Mas, se vamos de pijama para fora do nosso círculo estranham e afastam-se, porque temos de andar bem vestidos para agradar aos outros.

E sem nada. Sabe tão bem. És mesmo tu? O que tens hoje? Estás diferente.
Nada...sou só eu. Estou/sou verdadeiramente igual.

Lá por a roupa mudar, encolher, apertar, alargar, cair, o corpo/alma de cada um não muda, pelo menos na sua essência.
Por mais que tentemos vestir todos os dias a roupa que não é a nossa, esta nunca nos vai servir.
A nossa é feita à nossa medida - com buracos, com defeitos, com nódoas, com cores vivas, com as nossas cores.
Cada um tem a sua roupa, que é única, mas que deve ser vestida todos os dias, para que a possamos ver e sentir a sua textura.
Só quando sentimos a sua textura, de que material é feita, é que podemos dizer se a amamos ou não.

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