Não querendo estar a escrever muito sobre isto....

As pessoas agem e sempre irão agir por interesses. A situação é grave, quando para atingirem algo, passam por cima de tudo e de todos.
Agir por interesse em algo, ter um motivo para a sua acção, isso todos nós fazemos.Eu se quero ir beber um copo de água (o meu interesse), tenho que levantar o rabo da cadeira e ir buscá-lo. Mas...quando alguém quer um copo de água (e este copo de água é único para muita gente), e para isso tem de empurrar A, atropelar B, calcar C, não faz mal, só para ser o primeiro e único a matar a sede.Isto é mau, muito mau.

As pessoas atropelam-se umas às outras.Andam à batatada por tudo e por nada. O que importa, a única coisa que avistam à frente do seu nariz...é a satisfação das suas necessidades e interesses. E o que interessa as necessidades dos outros? Zero.
Parece um campo de batalha.

Quando o melhor elogio da semana é:"Tu hoje estás bem disposta". Ou os outros que nos rodeiam estão mais atentos a nós e menos ao seu umbigo, ou nós estamos mais abertos aos outros e menos fechados no nosso umbigo.
Uma partilha invisível de sentimentos e estados de espírito.
Quando alguém nota alguma diferença em nós, é porque estamos num bom caminho.

A tristeza consegue esconder-se rapidamente num sorriso ou numa palavra amável. A tristeza transforma-se em alegria e risos na presença de outras pessoas. Por que motivo havemos de chatear os outros com os nossos problemas. Já não terão os suficientes?

Já a alegria é difícil de conter, esta invade os músculos e nervos da face. Abrindo-a e enchendo-a de luz. É impossível guarda-la.
A tristeza é difícil demonstra-la facilmente.É por a céu aberto as nossas fraquezas.

É muito mais fácil dar a provar a nossa maçã vermelha e suculenta, do que a maçã com bicho.

...

Pensei que ao tirar este peso de cima de mim,ficaria mais leve.
Mas...enganei-me.

Uma despedida...

Um casal jovem pede-me, sem contar, para que lhe tire umas fotos para lembrança. Claro que sim. Entretanto, eles contaram-me que ela se ia embora de vez, para outro país.
Ou seja, estava a presenciar uma despedida entre dois amantes.
Ele olhava fixamente para a máquina, insistia para que ela fizesse o mesmo.Mas não.
Ela olhava fixamente para ele.
Como se compreende.Ela queria aproveitar os últimos momentos para olhar para os seus olhos, o seu sorriso, a sua boca, as suas mãos, ele.Ele olhava em frente, numa tentativa de conseguir enfrentar o futuro sem o seu amor.
É triste.É trágico. É belo. Aliás, como as melhores histórias de Amor.

Constatação do dia...

(da minha vida, talvez)

Penso muito, sinto muito...
Transpareço pouco.

Hoje foi um daqueles dias, em que ao longo de uma conversa, parei no tempo, e questionei-me:"O que é que estou a fazer?"

(Isto é para ver o quão inconstante eu sou. Estou a contradizer o post anterior!)


Já me esquecia...
eu não tenho pensamentos agressivos (nem sei bem o que significa, tendo em conta o momento e a forma como foi dito).
Os meus pensamentos são lógicos. Simplesmente completo as palavras dos outros de uma forma lógica e correcta, podendo, é claro, conter linguagem não muito apropriada.Mas, isso é outra conversa.Uma outra conversa....
Tenho dito.Tenho escrito.

Incenso, preciso de incenso...

Em jeito de desabafo...

Eu não sei...

Às vezes mais vale ficar quietinha no meu casulo, caladinha e mudinha.
Quem me dera ser uma pedra ou um gajo machista, sem sentimentos, que vai dar ao mesmo, porque isto de sentir e viver demasiado os pequenos momentos, faz mal ao meu coração, que pobrezinho, já não aguenta mais.
Mas, não faz mal...a partir de agora, aliás já devia ter sido há muito tempo (mas estas coisas é algo que não controlamos), serei dura que nem uma pedra, não emocional.

Vou ali fazer um transplante de um novo coração, e colar post-its por todo o lado: "Não mexer, não falar, não ouvir, não ver, não sentir.Quieta!".

...

Eu tenho o meu par de sapatos...

É quando se chega a casa e muda-se de roupa. Como quem muda de pele, de capa. Encontra-se uma nova realidade...a mesma. A nossa, a de cada um.
É como um voltar a ser...nós. Muito por imposição da sociedade ou da realidade social, às vezes, talvez muitas vezes, não o somos. Deixamo-nos aquecer pelo casaco do outro.
Por vezes temos vontade de não mudar de roupa. Mas, se vamos de pijama para fora do nosso círculo estranham e afastam-se, porque temos de andar bem vestidos para agradar aos outros.

E sem nada. Sabe tão bem. És mesmo tu? O que tens hoje? Estás diferente.
Nada...sou só eu. Estou/sou verdadeiramente igual.

Lá por a roupa mudar, encolher, apertar, alargar, cair, o corpo/alma de cada um não muda, pelo menos na sua essência.
Por mais que tentemos vestir todos os dias a roupa que não é a nossa, esta nunca nos vai servir.
A nossa é feita à nossa medida - com buracos, com defeitos, com nódoas, com cores vivas, com as nossas cores.
Cada um tem a sua roupa, que é única, mas que deve ser vestida todos os dias, para que a possamos ver e sentir a sua textura.
Só quando sentimos a sua textura, de que material é feita, é que podemos dizer se a amamos ou não.

Já é 2009...

Foi o tempo de comer as passas (todas ao mesmo tempo, pois claro os desejos atropelam-se uns aos outros...) e engoli...beber um copo, dois , três de champanhe eeeeeeeeeeeeeeeeee...cá estou eu em 2009.
É mesmo...como o tempo passa de pressa...
Foi um dia de muito trabalho, mas compensador.Não brindei com a família, nem com os amigos.Mas, com os colegas de trabalho.2008 foi quando?Ontem.
O meu pai deu-me um beijo na testa:"Tem um bom ano filha".É o que eu mais quero pai.
Para começar ou para acabar bem, o que mais desejo agora é tomar um banho, um chá e adormecer embalada pelo som da música.