“…e havia uma palavra proibida crescendo de noite em sua boca, no escuro, uma palavra grande como o mundo, mas cuja forma se ignora, asor, sora, sorae, osra, osrea – experimenta-se – e depois de mastigada, triturada, cuspida, riscada em folhas de caderno rasgado, misturada com terra, água, lágrimas, saliva, sangue, esperma, abre-se finalmente ao sol a rosa-mar, rosa-peixe, rosa-vento, lua, pássaro, rosa-sexo”.
Teolinda Gersão, "O silêncio".
Teolinda Gersão, "O silêncio".
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