(...)"O prazer da culpa, esse prazer gastronómico de demorar no corpo a dor que fomos capazes de causar. Ou o prazer mais rápido de sacudir a culpa sobre o corpo de outro. A culpa precisa sempre de corpo..."
"A maioria das pessoas prescinde dela, na esperança de prolongar juventude, elegância e vida".
(...) "Não importa o que se ama. Importa a matéria desse amor. As sucessivas camadas de vida que se atiram para dentro desse amor. As palavras são só um princípio - nem sequer o princípio.Porque no amor os princípios, os meios, os fins são apenas fragmentos de uma história que continua para lá dela, antes e depois do sangue breve de uma vida.Tudo serve a essa obsessão de verdade a que chamamos amor. O sujo, a luz, o áspero, o macio, a falha, a persistência".
"Fazes-me Falta", Inês Pedrosa.
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